Com o crescimento do mercado de criptomoedas, um conceito essencial para quem deseja entrar nesse universo é o funcionamento dos endereços de carteiras cripto. Esses endereços são a chave para enviar e receber criptomoedas de maneira segura e eficiente, incluindo as principais moedas digitais do mundo. Se você está começando a se aprofundar no mundo das criptos, é fundamental entender o que são, como funcionam, qual sua importância e alguns cuidados que precisam ser tomados.
O que são endereços de carteiras cripto?
Um endereço de carteira cripto é um identificador único, geralmente representado por uma sequência de números e letras, que é utilizado para enviar e receber criptomoedas, como stablecoins e memecoins, por exemplo. Ele funciona de maneira semelhante a um número de conta bancária, mas no mundo das criptos, ele está associado a uma chave pública. Essa chave pública é o que outros usuários usam para enviar criptomoedas para você. Ao contrário de opções como Pix ou conta bancária, os endereços não podem ser rastreados até uma pessoa específica, mantendo o anonimato, que é uma das vantagens das criptomoedas.
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Vale ressaltar que, enquanto você tem o endereço da carteira para receber criptomoedas, o acesso a essas moedas é garantido pela chave privada. A chave privada funciona como uma senha, e sua segurança é fundamental, pois quem tiver acesso a ela pode movimentar os fundos da sua carteira. Ao mesmo tempo, como o mercado é descentralizado e as transações são anônimas, a perda da chave privada gera um prejuízo irreversível. Portanto, ao criar uma carteira cripto, o ideal é sempre armazenar a chave privada de forma segura.
O assunto de carteiras “perdidas” já foi bastante explorado na mídia. Principalmente no início das criptomoedas, quando o valor do Bitcoin, por exemplo, era muito menor, diversas pessoas não cuidaram de suas chaves privadas com a devida cautela, provavelmente sem imaginar que perderiam fortunas. Segundo o site BiTBO, a maior carteira perdida conhecida tem cerca de 80.000 Bitcoins, que representariam mais de US$ 7,5 bilhões na cotação atual (dados de 20 de novembro de 2024). O site de análise de blockchain Chainalysis estima que cerca de 20% do total de Bitcoins esteja perdido para sempre.
Uma pessoa pode ter a posse de vários endereços de carteiras cripto, que variam dependendo da criptomoeda. Por exemplo, um endereço de Bitcoin pode começar com um “1” ou “3”, enquanto um endereço de Ethereum começa com “0x”. Apesar dessa diferença, o funcionamento de um endereço de carteira é similar para todas as criptomoedas. Cada moeda digital tem seu próprio formato de endereço, mas todos eles cumprem a mesma função: garantir que as transações sejam direcionadas corretamente e que a pessoa certa receba os fundos.
Como os endereços de carteiras funcionam?
Os endereços de carteiras cripto operam de forma descentralizada. Eles não estão associados a uma instituição financeira centralizada, como ocorre com os bancos, mas sim a um registro público, também conhecido como blockchain. Quando você realiza uma transação de criptomoeda, a informação é registrada na blockchain e validada por diversos participantes da rede, os chamados validadores.
Cada transação precisa ser assinada com a chave privada da carteira do remetente. Isso garante que somente o proprietário da chave privada possa autorizar a movimentação de seus fundos. A blockchain então valida a transação e a confirma, tornando-a irreversível. Ou seja, o processo independe de uma decisão centralizada, baseando-se em informações públicas e validações da própria rede, o que reforça a característica de liberdade financeira desse universo.
Como criar e proteger um endereço de carteira?
A criação de um endereço de carteira é simples e depende do tipo de carteira que você escolheu usar. Existem diversas opções disponíveis no mercado, incluindo carteiras online, carteiras de software, carteiras físicas (hardware) e carteiras em exchanges. A maioria delas gera automaticamente um novo endereço de carteira ao ser configurada.
Embora o processo seja fácil e os endereços sejam públicos, é fundamental focar na segurança de sua chave privada. Se alguém tiver acesso a essa informação, poderá acessar seus fundos e transferir criptomoedas para outra carteira sem sua permissão. Para garantir a segurança, use carteiras com autenticação de dois fatores (2FA) e armazene sua chave privada em um local seguro, como um dispositivo de hardware, que não esteja conectado à internet, para impedir a atuação de hackers.
